Mês de junho é mês dos namorados e namoro rima com compromisso. Tá certo que, cada vez mais, as pessoas evitam firmar laços profundos, geradores de responsabilidade e afeto, mas, mesmo assim, há quem se aventure em namoros caretas. Digo caretas porque, me parece, a visão do que é legal no namoro mudou um pouco. Antes, o objetivo era estar junto de uma só pessoa, conhecê-la, partilhar a vida com ela. Todavia, o moderno é não ser de ninguém, ser de todo mundo e ter todo mundo... não é isso que diz a música?
Pois é, neste contexto, nós, catequistas e cristãos, somos chamados a ensinar aos mais jovens que o namoro de verdade é um relacionamento bem careta, que tem por objetivo o conhecimento mútuo, onde o respeito e a amizade são elementos cruciais. Alguns catequizandos costumam estranhar quando eu digo que namoro é para descobrir se queremos casar com a pessoa e que, se já sabemos a resposta e ela for negativa, devemos acabar o relacionamento. Radical? Sensato?
Um namoro deve ser um período muito agradável de partilha, de aprofundamento. Claro que beijar é bom demais; abraçar também; ir ao cinema; passear de mãos dadas; conversar por horas no telefone (ou no Facebook)... tudo isso faz parte e é importante que seja vivido, mas o principal é a busca do conhecimento do outro e de si mesmo. Namoro que não tem essa busca fica superficial, monótono ou então descaminha para promiscuidades e ciumeiras sem fim.
Cabe aos catequistas falar do tema sem tabus ou medos. Conversar abertamente, discutir com o grupo o que é e o que não é cristão dentro de um relacionamento, perguntar o que eles buscam, quais seus objetivos ao iniciar o namoro. Também é nosso papel sermos exemplo vivo, seja no namoro ou no matrimônio, ou mesmo na vida celibatária escolhida. Aliás, acho que essa postura é muito mais eficaz do que qualquer encontro bem bolado sobre a questão.
E por falar em encontro bem bolado, vou apresentar algumas dicas, ok? E para tanto, utilizarei o método ver-iluminar-agir, que já expliquei em outro post.
Que tal trabalhar o trio em conjunto: namoro, noivado e casamento? O encontro pode se iniciar com a apresentação de uma música, como a dos Tribalistas ou alguma outra, e os jovens podem ser convidados a falar sobre suas impressões acerca da mensagem da letra (VER); depois, a leitura da Bíblia pode ser feita em duplas, para simular um relacionamento, há textos interessantes no Cântico dos Cânticos, temos também a passagem 1 Cor, 3,16-6,19 (ILUMINAR); finalmente, uma proposta interessante para o AGIR pode ser uma corrida maluca, onde duas equipes devem correr atrás de pistas sobre o assunto, todos devidamente amarrados, para lembrar que no casamento andamos juntos (AGIR).
Outra possibilidade para o AGIR transformador é realizar um jogo de prioridades em duplas....cada dupla escolhe 10 coisas que não podem faltar em um matrimônio e, aos poucos, o catequista orienta a que os jovens eliminem alguns aspectos em comum acordo, até que cheguem em 2 ou 3. Você se surpreenderá como haverá duplas em grande harmonia, enquanto outras realizarão embates demorados, aliás, como ocorre dentro do matrimônio, não é mesmo?
O assunto não é muito fácil de ser tratado porque gera controvérsia e a Igreja é sempre apontada como careta quando o tema é relacionamentos. Mas se o catequista estiver preparado, conhecer a doutrina e tiver firmeza de entendimento, o encontro flui e se torna agradável, além de produzir frutos.
Como diria o saudoso Dom Ávila, o importante é esclarecer aos jovens que nós gostamos de coisas, por isso, usamo-las, e amamos as pessoas, por isso, servimo-las; sentimentos diferentes e atitudes diferentes.
Gostou das dicas de encontro e da reflexão sobre o assunto? Quer mais idéias? Então participe da promoção de um mês do catequista semeando amor e concorra a três livros com várias dinâmicas e diversos temas! Veja como no post anterior.
Grande abraço, Lucyanna
Junho é mês dos namorados e também mês do Sagrado Coração de Jesus. Como seria bom se pudéssemos amar nossas(os)namoradas(os), esposas(os) e as demais pessoas através do coração de Jesus, coração arde em amor por todos nós!
ResponderExcluirA tia Lu podia muito bem falar tb do quanto ela sente falta da época de namoro, sair só com o Luiz, ir pras festinhas com ele, chegar tarde, ir dormir e acordar só quando descansar tudo, coisas, que vejo pelo FB, ela já não pode se dar o luxo de fazer... hehehe
Brunno, amei namorar, mas casar é melhor. Mesmo com as noites em claro e os sacrifícios, a maternidade é tudibão!
ResponderExcluirVou escrever sobre o Sagrado Coração de Jesus, mas junto com São João, que, pra mim, tem tudo a ver com amor à Jesus.
Aguarde!
Beijos e obrigada por participar, Lu