Que bom que você veio! Que a paz do Senhor esteja com você e com todos os seus!

domingo, 3 de julho de 2011

Conheço um coração tão manso, humilde e sereno


Anos atrás, quando eu participava do grupo jovem Pastoreio Militar, fui chamada a coordenar o VII encontro. Naquela ocasião, tínhamos que escolher um padroeiro para o tempo de caminhada em que estivéssemos coordenando. O encontro se aproximava e nem eu, nem meu parceiro de coordenação conseguíamos pensar em um nome. Até o dia em uma amiga do grupo nos procurou e disse que sonhara com as imagens do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria a pairar sobre a nossa Paróquia, a Catedral Rainha da Paz, em Brasília.

Não tivemos dúvidas de que se tratava de um sinal e, apesar de algumas pessoas discordarem em virtude da tradição ser escolher algum santo, entregamos o encontro nas mãos do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria.
 
E foi assim, meio sem explicação, que a devoção ao Sagrado entrou em minha vida.

Anos mais tarde, ainda no mesmo grupo jovem, recebi o convite da mãe de duas amigas para viver a experiência de ser catequista (olha a tia Rê ai, gente!). O detalhe é que a Paróquia que precisava de catequistas não era a minha, mas uma outra, cujo nome diz tudo: Paróquia do Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora das Mercês. E lá fui eu, em definitivo, morar no Coração do Senhor.

De mala e cuia, posso dizer, mudei de Paróquia, mudei de caminhada, mudei de vida. Foi lá que, enquanto minha devoção aumentava, recebi meu sacramento da Crisma; comecei a conversar com meu então namorado sobre as coisas de Deus e o vi se abrir para a fé e receber os sacramentos da Eucaristia e da Crisma. Foi lá que recebemos nosso sacramento de serviço, o Matrimônio, e onde levamos nossos filhos ao altar do Senhor, para receberem o sacramento do Batismo.

Também foi aos olhos do Sagrado Coração de Jesus que dancei quadrilha; organizei baile (e baile brega!); vivenciei campanhas; estive em retiros; limpei frango; mexi suco; ornamentei sala; comi incríveis galinhadas e churrascos; fiz grandes amigos e até compadres; joguei boliche; participei de gincanas; vi shows incríveis e, por tudo isso, amadureci como gente.

Neste período de onze anos, houve um tempo em que me mudei para longe, mas não o suficiente para aceitar mudar de Paróquia, pois, não importa o que me digam, para mim, Paróquia é coisa do coração, no meu caso, do Coração de Jesus mesmo. 

É incrível como aquele coração vertendo água e sangue me acalenta, diria até que ele me embala como um bebê nos braços de sua mãe. Aos pés do Sagrado Coração de Jesus minha fé se tornou mais profunda, mais madura. Foi lá que decidi ser uma cristã radical (não disse fundamentalista), com raízes verdadeiras e sinceras. É lá que quero criar meus filhos, para que eles também possam sentir a delícia de serem amados por aquele que é manso e humilde.

Sexta-feira última celebramos a solenidade do Sagrado Coração de Jesus e eu havia planejado escrever um pouco sobre a devoção, sua história na Igreja, a caminhada do Apostolado da Oração etc., mas não resisti. Porque acredito que, como catequista, minha principal missão é falar de amor, é semear amor, e, a melhor maneira de fazer isso é pela vivência pessoal. Sendo assim, nesta ocasião tão solene, quis partilhar com vocês de uma maneira mais intimista como foi me apaixonei, como o Coração de Jesus me arrebatou e transformou a minha vida.

Grande abraço, Lucyanna

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