Catequista precisa estar sempre atento ao que acontece com seus catequizandos. A interação fé e vida (clique aqui) passa, necessariamente, pelo ato de observar e ter sensibilidade para compreender quando e onde é a melhor hora para semear o amor.
Recentemente perdemos um querido amigo e Padre em nossa comunidade. Falei dele aqui no blog (clique aqui) e, desde então, fiquei com uma ideia fixa na cabeça: não seria essa uma boa oportunidade para falar com as crianças e com os jovens sobre a morte?
Diz a doutrina que não fomos feitos para a morte, mas a recebemos como pagamento pelo pecado. Nesse sentido, valiosas as palavras do professor Felipe Aquino[1]:
“Embora o homem tivesse uma natureza mortal, Deus o destinava a não morrer. “Ora, Deus criou o homem para a imortalidade, e o fez à imagem de sua própria natureza. É por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão”. (Sab 2, 23). A morte foi, portanto, contrária aos desígnios de Deus criador e entrou no mundo como conseqüência do pecado; e será o “último inimigo” do homem a ser vencido (1Cor 15,26).”
O fato é que, ao passar pela morte e ressuscitar, Jesus trouxe para nós um novo significado para a perda. Morte não é fim, é meio pelo qual passamos, é transformação, é mudança, é encerramento de etapa, mas não o fim completo e absoluto. Cristo disse ao ladrão na cruz que, naquele mesmo dia, estariam na Casa do Pai.... não há como duvidar de que a morte do corpo nos permitirá voltar aos braços de Deus. E, pensando bem, não é isso mesmo o que mais queremos?
Se assim o é, por que esse medo da morte, por que essa tristeza em nossos corações? Em algumas culturas a morte é comemorada, celebrada como uma vitória. Entre nós, pesar, suspiros e vazio. Desconfio que isso seja conseqüência da nossa fé pequenina, tão menor que um grão de mostarda, afinal, no fundo, duvidamos.
O catequista é de carne e osso, mas também precisa buscar aprofundar a sua espiritualidade para, em momentos de perda comunitária e mesmo pessoal, poder ser conforto para os seus pequenos e também para si próprio.
E que São Francisco seja a nossa voz:
“Louvado sejais, meu Senhor, por nossa irmã, a morte corporal, da qual homem algum pode escapar. Ai dos que morrerem em pecado mortal, felizes aqueles que ela encontrar conforme a vossa santíssima vontade, pois a segunda morte não lhes fará mal.”
Sigamos semeando o amor, afinal, serão esses os frutos que o Senhor contará em nossas mãos no momento de nosso encontro com Ele.
Abraços, Lucyanna
Lú, obrigada... vc tem razão! E quanto ao seu post, realmente, assunto delicado e difícil muitas vezes de tocar. Semana passada uma catequizanda minha veio me contar q a mãe pode estar com câncer, q tem medo dela morrer... Conversamos um pouco, e pedi a ela q tivesse fé, pretendo visitar a família, pois já vivenciei isso com minha irmã, q graças a Deus está entre nós até hoje, tudo por obra e graça da fé! bjo no ♥!
ResponderExcluirO tema da morte é realmente complicado para se lidar. Tem um texto da Bíblia que acho muito interessante usar quando se trata de luto. É Eclo 38,16-23.
ResponderExcluirQuanto ao Top-five desta vez indico o post do Pe.João Carlos, "A Regra de Ouro", http://www.padrejoaocarlos.com/2011/08/regra-de-ouro.html
Lú que post lindo e inspirado.
ResponderExcluirÉ um assunto delicado e deve ser levantado com muita sabedoria, como você fez tendo a Bíblia como Luz e suporte.
Deixo esse vídeo, que tem como letra as palavras de São Paulo.
http://www.youtube.com/watch?v=7W4Sl8no1dQ&feature=related
Paz de Cristo!
Profundo e lindo! Cristo é nosso tudo e a morte é apenas o caminho para encontrá-lo.
ResponderExcluirAbraços,com carinho.
Oi, tem um carinho pra vc lá no meu blog, passe lá e leve-o com você.
ResponderExcluirAbraços carinhosos.
Lurdes