Um blog.
Isso mesmo, um blog.
O silêncio das tardes de uma mãe em licença maternidade, com um anjo como filho. Dormir, estudar, assistir todos os seriados que passam na televisão... nada conseguia preencher o vácuo de uma pessoa acostumada com trabalho, estudo, filho, marido, casa e catequese.
Ah! A catequese.
Sou catequista desde o ano 2000, quando o chamado foi feito pela mãe de uma amiga do grupo jovem que eu frequentava. Desde então, tive a alegria de ecoar o amor de Cristo nos corações de crianças e jovens de diferentes faixas de idade.
No percorrer do caminho, pude trabalhar com turmas com crianças de 6 e 7 anos (turma B), 9 a 11 anos (turma A – preparação para a Eucaristia), 11 a 13 anos (perseverança) e o grupo Jovem da Catequese – Grupo J.E.S.U.S. (Jovens que, mesmo após a caminhada catequética de anos, insistem em não nos abandonar).
A diversidade etária com a qual pude trabalhar decorre da sabedoria da nossa catequese paroquial, onde não há um catequista fixo para cada turma, mas um rodízio anual. Tal rodízio é realizado pelo nosso Pároco e pela coordenação pastoral, após oração e reflexão, onde são observadas as características individuais de cada catequista, mas sem duvidar dos inúmeros dons derramados sobre aqueles que aceitam servir.
De fato, a experiência acumulada nesses anos gerou algumas certezas e inúmeras dúvidas. As certezas que tenho posso enumerar:
1. Todo catequista é completamente louco;
2. Todo catequista precisa amar ao Pai e entregar, a todo instante, a vocação;
3. Todo catequista precisa levar seu compromisso com seriedade, pois se torna espelho para as crianças, para os jovens, para os pais e, atrevo-me a dizer, para toda a Paróquia;
4. Todo catequista precisa se despir de vaidades e arrogância e cultivar humildade e mansidão;
5. Todo catequista precisa frequentar a ceia eucarística e, semanalmente, recarregar seu estoque de amor e coragem;
6. Todo catequista precisa planejar seus encontros e estar preparado com estudos aprofundados sobre o tema que irá trabalhar. Afinal, por maior que seja a experiência, a vivência ou a caminhada, não há quem possa prever o seu estado de espírito no dia do encontro, a receptividade da turma, os comentários e perguntas que virão, e, até mesmo, a temperatura da sala (isso mesmo, a temperatura! Isso eu explico em outro post).
7. Não há prazer maior no mundo do que ver seus catequizandos crescerem e se tornarem Cristãos maduros, íntimos do Senhor, capazes de chamá-Lo de Pai.
Por outro lado, e ao contrário das certezas acima dispostas, não poderei fazer uma lista de incertezas, de dúvidas, pois postagens infinitas não são viáveis. Em verdade, os passos de um catequista sempre são pautados por angústias e dúvidas, mas a fé dispensa conclusões supremas e é por isso que posso escrever, sem medo algum, que sou uma catequista convicta de sua responsabilidade e da dádiva recebida no chamado.
Partilhar minhas experiências catequéticas e ajudar, ao menos singelamente, a atuação dos catequistas de sala são os objetivos desse blog. Para cumprir a missão irei postar sempre duas vezes por semana, uma com reflexões pessoais sobre catequese e outra com um encontro catequético modelo, uma sugestão de trabalho de um tema específico.
Espero, sinceramente, que haja alguma valia em minhas palavras e que elas ajudem a ecoar o amor de Deus (catequizar) em, ao menos, um coração.
Grande abraço, Lucyanna
Lú, adorei a criação do blog. Adorei o carinho com que você pensou em fazê-lo, o intuito... e mesmo quando você voltar à ativa, o blog continuará ajudando seu trabalho. Com esta divulgação, não só "suas" crianças e jovens vão acompanhar, mas os amigos também poderão ver aqui seu trabalho e dedicação, tão lindos!
ResponderExcluirAdmiro seu empenho. Continue assim, ensinando, ajudando e semeando novas e boas sementes.
Te amo!
Beijos, Maria
Obrigada bonequinha! Você é muito especial, viu?
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